Custos
Operacionais de Ônibus
O
custo operacional, calculado para remuneração de serviços de transportes é a
forma mais transparente para negociações entre a empresa contratadora dos
serviços e a empresa prestadora.
Custo Operacional =
Custo Fixo + Custo Variável
Custo Fixo:
Independe da movimentação do veículo. Pode ser Real [contábil] ou Virtual.
Custo Variável:
Depende da movimentação do veículo. É na sua totalidade Contábil.
O custo individual de maior peso na planílha é o
custo de combustível. Apenas o custo com pessoal de motorista e cobrador,
juntos, são maiores que o custo do diesel. Quando no sistema não há o cobrador,
o custo de combustível é a maior parcela do custo operacional.
fonte: estudo do
autor, base São Paulo.
Observamos que muitas empresas focam os esforços
para reduzir o custo operacional com manutenção, especificamente com Peças de
Reposição, que participa com apenas 6,2% no Custo Operacional. Esta atenção num
item de menor peso de custo leva inclusive a equívocos como economizar na
compra de peças de qualidade duvidosa ou até mesmo a estender intervalos de
manutenção de peças importantes na segurança da operação.
Os esforços para redução do custo com combustível
começa desde a compra do diesel de qualidade. Agora que estamos com o Proconve
P7 [Euro 5] temos a possibilidade de comprar o diesel S50, imprescindível para
atendimento do P7 [Euro 5] ou seja 0,02 g/kWh de Material Particulado e 2,0
g/kWh de NOx.
Se todos os ônibus e caminhões produzidos a partir
de 1º de janeiro de 2012 tem de usar o diesel S50, pode-se dizer que os
veículos comerciais produzidos antes desta data ganham muito com este diesel de
qualidade. Operadores de Ônibus que usam o diesel S50 há mais de dois anos,
atestam uma economia no consumo de combustível.
Ainda na parte de insumos, aconselha-se atender ao
intervalo indicado pela montadora do chassi do ônibus para a troca do filtro de
Ar ou atender sempre a luz indicadora no painel do ônibus de Filtro de Ar
obstruído.
A calibragem correta dos pneus também é muito
importante na economia de combustível. Recomenda-se fazer uma verificação
semanal deste item.
O treinamento do motorista é muito importante, bem
como o acompanhamento das médias obtidas por eles. Felizmente agora está
popularizando-se o Monitoramento de Frota Eletrônico, com o qual pode-se
definir o consumo de combustível por turno de motorista.
As empresas sem este aliado na operação não tem como
saber o consumo por motorista, pois como sabemos o abastecimento do ônibus é
feito pelo bombista, a noite, sem a garantia que foi completado o tanque com
diesel.
Outra possíbilidade é instalar um computador de
bordo com a função de consumo. A Volkswagen Caminhões e Ônibus disponibiliza
este equipamento em 100% da sua produção. Outras montadoras também oferecem
este ítem como opcional.
No treinamento dos motoristas as práticas da Direção
Econômica devem ser exaustivamente passadas.
Lembramos que o índice de consumo em Litros por km
varia com muitos fatores tais
como: topografia, tipo de pavimento, condições de tráfego e, principalmente,
forma de dirigir.
Um programa de
premiação também mostra excelentes resultados, apenas há de ter-se critérios
justos.
Lembro de haver
visitado uma importante transportadora de carga em S. Paulo que premiava os motoristas
que apresentavam o menor consumo de combustível. O problema era que sempre
ganhava o motorista de carreta que fazia o trajeto S.Paulo-Rio pela Dutra e
levava apenas 18 toneladas de carga [carga frigoríficada]. Ele concorria com
outros que transportavam 27 toneladas em estradas com padrão bem inferior ao da
Dutra. Muito injusto !